Cristiane Pereira Rodrigues, de 48 anos de idade faleceu na tarde de domingo(26) ao chegar no pronto socorro da Santa Casa de Bagé.
Segundo o boletim de ocorrência, Cristiane estava procurando tratamento há cerca de 30 dias no pronto socorro em razão de um possível cálculo biliar porém não conseguiu internação por falta de leito.
Na tarde de domingo Cristiane se sentiu mal e foi levada por seu irmão Luciano até o pronto-socorro onde recebeu atendimento, sendo medicada e em seguida liberada.
Horas depois Cristiane novamente passou mal perdendo a consciência e foi levada por seu irmão até a UPA onde ele estacionou seu veículo na entrada e desesperadamente gritou por socorro, sendo orientado a colocar sua irmã em uma cadeira de rodas e aguardar atendimento.
Luciano colocou a irmã no carro e procurou novamente o pronto socorro, onde sua irmã já chegou em óbito.
O médico plantonista que realizou o atendimento, orientou Luciano a registrar contra a UPA um boletim de ocorrência na delegacia.
A filha de Cristiane testemunhou todo o ocorrido e ficou de providenciar toda a documentação.
*As informações divulgadas acima estão conforme boletim de ocorrência registrado pelo familiar*
Em conversa com a reportagem Luciano relatou a angústia enfrentada na tentativa de socorrer a irmã onde uma série de fatos o fizeram procurar a polícia.
Um dos fatos foi o médico no primeiro atendimento ter apenas dado a medicação sem ao menos, conforme Luciano, ter visto a pressão e em seguida tê-la liberado do pronto socorro.
O irmão contou que Cristiane estava sentindo falta de ar e pálida no trajeto até sua residência.
Outro fato foi o médico ter atestado como morte desconhecida e natural além do fato de não ter sido realizada uma perícia no corpo.
Mais um fato foi o de o hospital cobrar pelo xerox do prontuário de Cristiane que estava com pedido de internação há dias.
Luciano conta que foi ouvido pela delegada Carolina Terres, titular da segunda delegacia de polícia civil, que determinou exame pericial no corpo de Cristiane que deverá ser exumado e um laudo emitido, que será anexado ao processo.
Uma sindicância deverá ser aberta para apurar se houve omissão de socorro tanto na upa quanto no pronto socorro.