A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Repressão a Lavagem de Dinheiro do Denarc, coordenada pelo Delegado Adriano Nonnenmacher, deflagrou, nesta quarta feira, dia 04/09, a Operação Irmandade, fase IV. Foram cumpridas 41 medidas cautelares dentre prisões preventivas, mandados de busca e indisponibilidade de contas bancárias/ativos financeiros.
Três indivíduos foram presos, dois preventivamente, em Alvorada e Caxias do Sul, lideranças financeiras e logísticas desta célula da organização, bem como indivíduo com armas e Ijuí/RS. Documentos, armas de fogo e mídias foram apreendidos.
80 Policiais participaram nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina/SC e Paraná/PR, com apoio do Departamento de Polícia do Interior, através de suas DRACOS/DPs locais, bem como Denarc/PR, DEIC/SC e Polícia Penal gaúcha. As Cidades/regiões abrangidas são Porto Alegre, Esteio, São Leopoldo, Alvorada, Charqueadas, Imbé, Caxias do Sul, Bagé, Ijuí, Santo Ângelo, Erechim, Viadutos, Dois Lajeados, Palhoça/SC e Cascavel/PR.
Nesta quarta fase, um novo escalão de operadores financeiros, no âmbito da Operação Irmandade, movimentou no sistema financeiro a quantia de mais de seis milhões de reais - R$ 6.841.035,38, utilizando de várias tipologias de burlas ao controle administrativo, dentre estruturação, pulverização, smurfings.
Nesta fase, um casal de Porto Alegre/Alvorada, diretamente ligado às lideranças, ele objeto de prisão preventiva, seriam os responsáveis por receber e gerenciar valores milionários, de várias regiões do interior do Estado gaúcho, Santa Catarina e Paraná, como forma de pagamentos pela distribuição de entorpecentes, tentando mascarar tais valores mediante informações falsas às instituições bancárias.
O modus operandi, nas quatro fases, além de dissimulações no sistema financeiro, eram ocultação de bens imóveis, veículos de luxo em nome de laranjas, retirada de ativos apreendidos em Delegacias mediante fraude, cadeia de procurações dissimuladas, contratos ideologicamente falsos, dentre outras condutas sofisticadas de lavagem de capitais.
Outro alvo, do dia de hoje, fase IV, morador da serra, também já foi indiciado por envolvimento em roubos a bancos, sendo que tais fatos demonstram uma estreita ligação entre estas células das fases III e IV, com narcotraficantes. Também está sendo cumprida prisão preventiva de grande operador financeiro e logístico em Caxias do Sul, recentemente preso em flagrante com drogas e armas pela DRACO Caxias do Sul.
Outro alvo de mandado de busca e bloqueio de contas bancárias, hoje, é um indivíduo paranaense, com condenação por tráfico interestadual de Drogas, entre os Estados do RS e MG, suspeito de transacionar ativos em ocultação, com os gerentes da célula gaúcha.
Nas quatro fases da Operação, foram implementados e cumpridos mais de 450 medidas cautelares investigativas e de restrição, dentre afastamentos de sigilos bancários, fiscais, financeiros (por duas vezes), telemáticos, mandados de busca, prisões preventivas, sequestro/indisponibilidade de bens móveis e imóveis no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em cerca de R$ 10.5 milhões de reais.
O total movimentado pelos alvos nas quatro fases, no sistema financeiro, ultrapassa a R$ 30 milhões de reais.
Foto: Divulgação
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