O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), através do Departamento de Mineração promoveu, nesta quinta-feira (28/08), o 2º Workshop do Plano de Transição Energética Justa para as regiões Carboníferas do Rio Grande do Sul.
No evento foram apresentados os resultados da segunda etapa do Plano de Transição Energética Justa para as regiões carboníferas do Rio Grande do Sul, iniciativa que pretende reduzir a dependência do carvão mineral e diversificar a economia até 2050.
As discussões têm impacto direto em Candiota, maior produtora de carvão mineral do Brasil e sede do principal polo termelétrico do Estado. O município, cuja economia é fortemente ligada à atividade carbonífera, está no centro das alternativas analisadas pelo plano.
Entre os cenários estudados, estão a operação das usinas até o fim dos contratos atuais, a possibilidade de modernização com uso de biomassa junto ao carvão, e ainda a inovação tecnológica com gaseificação do mineral e captura de carbono, migrando gradualmente para fontes mais limpas.
Além da geração de energia, o estudo também aponta caminhos para a diversificação econômica da região, como o fortalecimento da agropecuária de maior valor agregado, turismo sustentável, biocombustíveis, indústria carboquímica e serviços tecnológicos. A ideia é assegurar que trabalhadores e comunidades locais não fiquem desamparados diante da transição energética.
Segundo a secretária estadual do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, o objetivo é avançar para uma economia de baixo carbono sem abrir mão da inclusão social. “É um processo que precisa preservar empregos, valorizar as comunidades locais e preparar as regiões carboníferas para um futuro sustentável”, afirmou.
O plano segue agora para a Etapa 3, que deve detalhar propostas de desenvolvimento econômico, impactos socioambientais e o roteiro de implementação da transição energética no Estado.
Foto: Reprodução CRM
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